Diálogo
Podemos dizer que o diálogo é a parte mais importante do roteiro. É através dele que ficaremos sabendo o que pensa cada um dos personagens da nossa história. Em conseqüência, é também uma das partes mais difíceis que você encontrará ao escrever o seu roteiro. Para se ter uma ideia, na indústria cinematográfica norte-americana, principalmente na produção de séries, há profissionais especializados apenas em escrever diálogos.
Se você é um roteirista de primeira viagem, seus primeiros diálogos parecerão esdrúxulos nas suas primeiras tentativas de se expressar através de um personagem fictício. E não tem jeito, só a prática te fará escrever diálogos convincentes. No entanto, podemos ajudar com algumas dicas.
Primeiro, jamais escreva de forma empolada, formal demais, pois, mesmo que seu personagem seja um intelectual, ele com certeza não falará o tempo todo empregando uma verborragia intelectualizada. Isto, além de soar falso, é extremamente chato de se ouvir. É claro que para toda regra há exceções, e em se tratando de comédia, tudo é possível.
Segundo, a forma como o personagem fala reflete sua condição econômica e social. Um personagem semi-analfabeto, que mora na periferia de uma grande cidade, terá um linguajar característico totalmente diferente do de um jovem de classe média, bem educado, morador de um bairro de classe média alta, por exemplo.
O poder de convencimento de um diálogo vem da forma como você consegue imprimir personalidade e individualidade aos diálogos de cada um dos seus personagens.
Aqui, evite passar informações óbvias ou em duplicidade. Se você está mostrando algo, não há necessidade de expressar verbalmente a mesma coisa. Lembre-se que o filme é uma obra mais visual do que auditiva. Se não fosse assim, o cinema mudo não teria existido. Portanto, sempre que for possível, mostre ao invés de fazer o seu personagem falar. E faça com que ele fale somente o necessário. Não há nada mais chato em um roteiro do que um personagem que fala sem sentido, apenas para preencher espaço.
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